Para reduzir dividas, Palmeiras aposta em parcelamentos longos

A palavra de ordem no Palmeiras é reduzir dívidas. Em janeiro, o presidente do clube, Arnaldo Tirone, assumiu débitos no valor de R$ 125 milhões e apostou nos parcelamentos para dar um fôlego na economia do Verdão.

De acordo com matéria publicada no Globoesporte.com, o Palmeiras está gastando menos com os credores, mas terá de pagar bem mais no final das contas. O clube diz ter pago cerca de R$ 50 milhões que herdou da administração de Luiz Gonzaga Belluzzo.

O caso mais grave é o do meia Valdívia, que foi repatriado em 2010. Para ter o jogador, o Palmeiras pediu uma carta de crédito de R$ 14 milhões ao Banco Banif. O clube adiou o pagamento da dívida, e agora pagará em 48 parcelas de R$ 750 mil.

Mesmo com o parcelamento das dívidas, a situaçã financeira do clube paulista é complicada. Mais uma vez, as contas foram reprovadas e os prejuízos em 2011 passam dos R$ 28 milhões. Além do déficit, os salários atrasaram pela primeira vez no ano. Os funcionários receberam a segunda parcela do 13º salário com uma semana de atraso.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan, o diretor jurídico do Palmeiras, Piraci Oliveira, critica a administração Belluzzo.

"Vamos parcelando e renegociando. O Palmeiras tem uma conta muito grande com credores que assumiram contas do passado. Existe um cálculo interno que não podemos revelar, mas posso dizer que já pagamos cerca de R$ 50 milhões em dívidas vencidas da gestão passada. Deixaram-nos uma herança maldita. A situação é muito ruim, existia uma nítida ausência de transparência. Temos de resolver muitas coisas", declarou o dirigente.

Reduzir as dívidas é o principal objetivo para o clube ter algum sucesso em 2012. Ao final do Brasileiro, Tirone prometeu ao técnico Luiz Felipe Scolari que reforçaria a equipe, mas até o momento apenas o lateral-esquerdo Juninho e o defensor paraguaio Adalberto Román, ex-River Plate, vestirão a camisa verde na próxima temporada.